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HOMENAGEM A JORGE BORGES

PARQUE DE SANTA CATATINA

JUL 02  |  21:30

 

Jorge Borges é uma figura de proa no desenvolvimento do jazz na Madeira ao longo das últimas quatro décadas. Como músico e compositor, como pedagogo ou como divulgador na rádio, sempre como um afincado defensor da causa do jazz, o seu papel na saúde e no sucesso desta música na RAM merece o maior reconhecimento da parte de todos os seus amantes e apreciadores.

 

Como músico, destaca-se, antes de mais, a sua atividade como pianista e fundador (e, na verdade, como principal força motriz) do Oficina, grupo que se manteve no ativo durante um quarto de século, entre 1979 e 2003. Pelo meio, liderou ainda, entre 1992 e 1995, o quarteto G'BAP, foi pianista e membro fundador do grupo de jazz tradicional Dixie 8 Fun, foi pianista da Orquestra de Jazz do CEPAM e apresentou-se inúmeras vezes, entre 1987 e 1989, em concertos no Madeira Jazz Club e, ao longo dos anos, nos mais diversos espaços da cidade.

 

Dos seus projetos mais recentes, é particularmente digno de nota o seu Tributo a Thelonious Monk, através do qual aborda, com enorme sucesso e determinação, o universo musical de um dos mais heterodoxos e originais compositores e pianistas do jazz de todos os tempos. Jorge Borges integra presentemente a primeira edição do Madeira Jazz Collective, septeto que terá a sua estreia exatamente no concerto de apresentação do Funchal Jazz Festival 2015.

 

Se a sua atividade como músico, acima resumida, se reveste de inquestionável valor no cenário do jazz na Madeira, é porventura ainda mais relevante o seu papel na área da formação e do ensino do jazz na Região. Coordena, ininterruptamente e desde 1989, o Núcleo de Música da Escola Secundária de Francisco Franco, uma verdadeira incubadora de jovens músicos na nossa ilha, muitos dos quais aí adquiriram os alicerces musicais que lhes permitiriam enveredar por uma dedicada aprendizagem do jazz.

 

A partir de 1999, com o nascimento do Curso de Jazz no CEPAM em parceria com o Hot Clube de Portugal, foi monitor de piano-jazz e professor de piano complementar, tornando-se coordenador daquele curso entre 2005 e 2009, ainda em articulação com o Hot Clube.

 

Se a contenção económica que todos conhecemos e sentimos resultou na dissolução da parceria com o Hot Clube de Portugal, é à luta e à labuta do professor Jorge Borges que se deve a manutenção do Curso de Jazz do CEPAM, agora assente exclusivamente na prestação de professores da região, a maior parte dos quais formados na anterior versão daquele curso, e com um sucesso facilmente comprovável através das inúmeras prestações dos seus alunos em diversos espaços da cidade, como o Scat e a FNAC, bem como nas edições de 2014 e 2015 do próprio Funchal Jazz Festival.

 

Pela sua vasta experiência, acumulada ao longo de mais de duas décadas, na organização de ações de formação na área do jazz, foi exatamente, e como não poderia deixar de ser, ao professor Jorge Borges que o Funchal Jazz confiou o importante papel de coordenador pedagógico do festival, cabendo-lhe a responsabilidade de orientar as masterclasses e os workshops ministrados no CEPAM por músicos que atuam no palco principal do festival.

 

É exatamente pela sua reconhecível e inquestionável relevância como pianista, professor, divulgador, ativista e defensor do jazz, que o Funchal Jazz Festival e a Câmara Municipal do Funchal sentiram como urgente e definitiva a necessidade de prestar tributo a Jorge Borges, o qual terá a sua manifestação pública no dia 2 de julho, a abrir os concertos do palco principal do Funchal Jazz Festival 2015, imediatamente antes do concerto do André Fernandes Wonder Wheel.

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